Capítulo -I
O cidadão diz: "_O Estado falha em cadeia. Falha com o cidadão (eu estou falando do Estado brasileiro, para não restar dúvidas)...falha com o cidadão desde a concepção de ser humano, tida por seus pais. Quem estará tranquilo quanto a geração de um filho na perspectiva de que ele more no Brasil?
Quando ainda sequer existe, o cidadão já tem sua presença neste mundo pensada e repensada por seus pais, que o fazem quase pedindo desculpas à sociedade por ignorar a inospitalidade que a nova vida irá se submeter, numa espécie de seleção natural dos infernos, o rolo compressor embolando aleatoriamente pelas ruas, que é a violência urbana e a falta de segurança.
Quem não tiver a sorte de levar um tiro à mira laser, pode ser sorteado por uma bala perdida para não restar dúvida quanto à constatação do descaso público.
Depois, na gestação o cara é desrespeitado pelo Estado sob a maudição do paupérrimo serviço de saúde pública que a mãe se submete, a menos que ela possa, depois de pagar impostos, comprar esse serviço (outra vez) na forma de um plano de saúde.
Nas escolas, amarga a precariedade do sistema, a falta de apoio institucional na aurora da formação intelectual do ser. Essa é a primeira lição que se tem.
Na adolescência, com o evidente presságio da falta de oportunidade de trabalho, é quando o ardor da juventude o golpeia, e ele questiona o valor de um civismo cintado de hipocrisia.
Na idade adulta, todas as suspeitas já estão confirmadas (melhor seria nem ter nascido). Segue-se no desgosto de viver feito cão vira-lata, apanhando o insosso maná do governo, Bolsa-miseráveis e outros programas.
Na velhice, qualquer gene que origina orgulho, qualquer centelha de orgulho próprio será aniquilada pela guilhotina moral que é a aposentadoria, que decreta de vez a miserabilidade de uma vida sem grandes oportunidades.
Tem mentalidade que não deteriore com tais reflexões? Pois é a elas que qualquer pessoa está sujeita mediante à realidade presente, a menos que lavem-lhe o cérebro com alguma produção de ideologia (ainda não lavaram o meu), a menos que ele se embebede com as propagandas que insentivam o consumismo, fechando os olhos para além do mundo retangular e "perfeito"do aparelho de televisão, ou do computador (talvez este último tenha me alcansado).
Depois de marginalizado por tal forma de vida, apodrecem-se as bases de uma cidadania-privada que, a despeito da grosseria em que se vive, alguns setores da sociedade tentam inculcar no indivíduo (talvez sob o medo de que os miseráveis e rebelados lhes representem um risco ao gozo tranquilo de seus haveres), tal indivíduo espalha-se na criminalidade, o partal sempre aberto, numa tentava insana de deixar a condição de vítima para a de (também)vilão.
Nessa altura, a pena de morte seria uma solução covarde e tardia do governo. Não nos esqueçamos de que todos os estadistas, como Pilatos, estão sempre prontos, quando pressionados, a lavar as mãos entregando cabeças para aplacar os ânimos e criar uma sensação de"justiça", afugentando o peso da culpa em não entregar um estado justo, igualitário e humano ao cidadão, a despeito dos impostos continuamente recolhidos."
O estado diz: _(texto aguardando edição)
O Estado e o Cidadão
sábado, 10 de janeiro de 2009
Postado por
Unknown
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11:30
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Marcadores:
brasileiro,
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tche, na hora de votar o pessoal so faz cagada.